Ratos (roedores)
Existem hoje no planeta varias familias de mamiferos roedores, vulgos RATOS. Os ratos, em geral, têm hábitos noturnos. Eles só saem à luz do dia quando sua população aumenta tanto que a comida disponível acaba ficando insuficiente para alimentar a colônia toda.
Danos a Sociedade
A ratazana, o camundongo, e o rato-preto causam muita dor de cabeça para a humanidade, desde os tempos mais pretéritos: há pelo menos 10.000 anos, juntamente com o início da agricultura. Tal fato propiciou com que esses animais tivessem boa oferta de alimento e abrigo, que são características favoráveis para que se reproduzam e mantenham-se próximos a locais nos quais há tais condições (a título de curiosidade, em situações assim, uma única ratazana é capaz de dar à luz a 200 filhotes a cada ano). Sobre essa aproximação, alguns pesquisadores se arriscam a dizer que gatos só passaram a viver no interior das residências após ser percebido que eles eram excelentes predadores de ratos.
Além de se alimentarem de tudo aquilo que é comestível, tais animais também devoram caixas, fios de alta tensão, até mesmo madeira, tijolos e alumínio; e podem transmitir pelo menos 55 doenças, direta ou indiretamente. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), em nosso país temos um prejuízo anual de quase 5 bilhões de dólares relacionados aos males causados por esses roedores. A peste negra é uma dessas doenças, que provocou a morte de cerca de 1/3 dos europeus. Outra bastante conhecida é a leptospirose, de incidência maior em eventos relacionados a enchentes.
Doenças
A principal doença transmitida pelos ratos e a LAPTOSPIROSE, A infecção da leptospirose no ser humano, resulta da exposição à água contaminada com urina ou tecidos provenientes de animais infectados, sendo a sua ocorrência favorecida pelas condições ambientais dos países de clima tropical e subtropical, particularmente em épocas com elevados índices pluviométricos.
Nos animais, a infecção pode ocorrer por ingestão de alimento ou água contaminados por urina infectada, bem como pela infecção direta por urina dos doentes ou portadores.
No Brasil, acredita-se que a maioria dos casos urbanos seja devida à infecção por cepas do sorogrupo icterohaemorrhagiae, o que fortalece o papel do rato doméstico como principal reservatório, uma vez que os ratos são os carreadores mais comuns desse sorogrupo. Nos centros urbanos, a deficiência de saneamento básico constitui um fator essencial para a proliferação de roedores.
Portanto, os grupos socioeconômicos menos privilegiados, com dificuldade de acesso à educação e saúde, habitando moradias precárias, em regiões periféricas às margens de córregos ou esgotos a céu aberto, expostos com frequência a enchentes, são os que apresentam maior risco de contrair a infecção.
Seres humanos envolvidos em serviços de saneamento ambiental apresentam alto risco de contrair a leptospirose, devido ao contato direto com ambientes contaminados por urina de roedores e cães domésticos. Os cães são considerados uma importante fonte de infecção da leptospirose humana em áreas urbanas, pois vivem em estreito contato com o homem e podem eliminar leptospiras vivas pela urina durante vários meses, mesmo sem apresentar nenhum sinal clínico característico. A leptospirose não é contagiosa entre pessoas. Não há transmissão de uma pessoa para outra. É transmitida entre os animais e dos animais para o homem, sempre pelo contato da urina do animal com a pele do homem.
E os roedores não param por ai, além da temida leptospirose eles podem causar doenças como febre da mordida do rato, sarnas e micoses, triquinose, raiva, hantavírus, Salmonelose, peste bubônica, tifo murino entre outras.